Novo presidente nacional da ANEFAC, David Kallás, acredita que executivos enfrentam dois desafios: processamento dos computadores e redução do custo de geração de energia

Desde 1º de janeiro, a ANEFAC tem um novo presidente nacional. David Kallás, que é sócio da KC&D e professor no Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein e no Insper, onde acumula a coordenação executiva da Pós-graduação Lato Sensu, estará à frente da entidade pelo próximo ano. Segundo ele, a transição está sendo pensada e trabalhada há muitos meses, inclusive no início de 2022 encabeçou um projeto de planejamento estratégico para a ANEFAC, com o envolvimento de conselheiros, diretores, sede e stakeholders externos, que foi finalizado no final do ano passado.

A missão da nova presidência é reunir profissionais em torno de temas que tragam valor e maior transparência para o ambiente de negócios e a sociedade. Para conseguir alcançá-la, foram definidos três grandes pilares:

(1) ampliar e fortalecer a base de associados e parceiros;

(2) garantir uma excelente experiência a esses associados e parceiros; e

(3) criar produtos e serviços alinhados aos novos tempos.

“Para conseguirmos atingir esses objetivos, precisamos, logicamente, fortalecer a estrutura da ANEFAC, valorizando nossas pessoas e nossa governança. Além de priorizarmos alguns poucos projetos estratégicos que já estão em curso, como, por exemplo, a implementação das nossas certificações, começando pela Certificação Controller ANEFAC”, pontua David.

Com relação aos desafios, o novo presidente acredita que a cultura de associativismo é ainda incipiente no Brasil, e isso se acentua ainda mais com jovens profissionais. Desta forma, o principal desafio de associações, como a ANEFAC, é demonstrar para as pessoas o valor de pertencer a uma entidade como essa. A proposta de valor deve ser clara para os diferentes públicos.

No caso dos associados, os principais benefícios em fazer parte da entidade, são o networking de alto nível com pares e trocas de experiências, acesso a conhecimento, troca de experiências e atualização profissional, gerando aumento de empregabilidade e reconhecimento. Já para empresas, academia, escolas de negócio e outras associações e entidades, o valor, de acordo com Kallás, em estar próximo à ANEFAC, é composto de exposição da marca, aproximação com o mercado e conquista de clientes, bem como associação à imagem e às bandeiras da entidade, bem como representação institucional.

Olhando para o mercado, o novo presidente nacional, pontua que dois fenômenos importantes estão acontecendo, quase que silenciosamente: o primeiro é o aumento da capacidade de processamento dos computadores e o segundo é a gradativa redução do custo de geração de energia, principalmente das fontes renováveis.

Para Kallás, esses dois fatores estão permitindo que uma revolução aconteça: o crescimento da inteligência artificial. E, isso, aliado a outros fenômenos, como a intensa conectividade das pessoas, tem trazido novas demandas para os executivos, em termos de conhecimento e habilidades. Temas como transformação digital, análise e tratamento de grandes volumes de dados não serão mais restritos ao corpo técnico.

“O executivo de hoje deve ter ciência de que vive em um mundo incerto, onde a capacidade de planejamento e previsão devem ser compensadas por novas habilidade de reação rápida e ágil a eventos não previstos. Também terá que se adequar a liderar pessoas em diferentes formatos de trabalho, principalmente depois dos aprendizados da pandemia recente que vivemos”, finaliza Kallás.