Desde o início de agosto, está em vigor a segunda fase do open banking, sistema em que os brasileiros podem compartilhar dados para receber ofertas de produtos e serviços bancários, como conta e cartão de crédito. É na quarta etapa, contudo, que o escopo de oportunidades será ampliado: os usuários poderão dividir informações sobre investimentos, câmbio, seguros e previdência.
Prevista para ser implantada em dezembro, a fase quatro do open banking será dividida em dois ciclos: em 15 dezembro, as instituições poderão compartilhar informações de produtos e serviços ofertados.
Dados das transações pessoais do usuário que envolvam câmbio, investimentos, seguros e previdência, por sua vez, entrarão no open banking apenas a partir de 31 de maio de 2022.
De acordo com o Banco Central, com o compartilhamento autorizado de informações entre bancos e clientes, podem surgir “novas soluções para oferta e contratação de produtos e serviços financeiros, mais integrados, personalizados e acessíveis”.
Na avaliação de Bruno Diniz, professor de novas soluções financeiras da USP, o open banking tem potencial para aumentar tanto a oferta de serviços financeiros oferecidos pelos bancos quanto a quantidade de investidores no país.
“A plataforma vai criar instrumentos para que as pessoas possam trocar para alternativas cada vez mais adequadas ao seu perfil”, explicou Diniz, que também é sócio da consultoria Spiralem.
Com o open banking, os usuários poderão avaliar se seus investimentos continuam atendendo às suas necessidades, gerenciar melhor seus ativos e comparar os serviços contratados com os de empresas concorrentes.
“Na quarta fase, a plataforma vai fornecer uma visão agregada dos investimentos. Vai desmistificar as finanças. Hoje, há fintechs que estão trabalhando neste caminho, mas com o open banking, isso ficará mais fácil”, afirmou o professor.
Fonte: G1 Economia – Por Patrícia Basilio