Geração Z tem pressa na carreira e prioriza habilidades sociais, diz pesquisa

Pesquisa realizada pela empresa de recrutamento e seleção Heach Recursos Humanos com 2.120 candidatos entre 18 e 26 anos, da chamada Geração Z, mostra que esses jovens têm pressa na carreira. Eles querem ser líderes em um futuro próximo e têm consciência da importância de desenvolver habilidades sociais para atingir seus objetivos.

Segundo o levantamento, 47% disseram estar muito interessados em desenvolver habilidades de liderança e assumir um papel estratégico nos próximos 5 anos.

Já 76% disseram que consideram altamente importante desenvolver as habilidades sociais, aprimorar a rede de relacionamentos e dominar as ferramentas de trânsito social.

As habilidades sociais são um conjunto de comportamentos que permitem expressar sentimentos e tomar atitudes no âmbito social, familiar e profissional. A inteligência emocional, a empatia e a comunicação são exemplos de habilidades sociais.

Outros 55% afirmaram que é de extrema importância desenvolver o senso crítico analítico para se ter uma visão sistêmica e aumentar a efetividade de atuação, e 61% relataram a importância de se ter e desenvolver foco na solução de problemas.

“A pesquisa nos mostrou uma série de diferenciais que a Geração Z possui que podem trazer enorme vantagem competitiva para as empresas. Entendendo isso, é essencial usar esse potencial com uma abordagem customizada para esses jovens”, observa o CEO da Heach Recursos Humanos, Elcio Paulo Teixeira.

Teixeira relata que alguns pontos são de extrema importância na gestão dos jovens talentos:

– construir e desenvolver habilidades técnicas, em especial as relacionadas com tecnologia, inovação, uso de softwares;
– desenvolver as soft skills (capacidades sociocomportamentais) focando em liderança, comunicação, visão sistêmica, solução de problemas e análise crítica;
– dar ferramentas para o domínio de um novo idioma, o que se faz essencial num mundo cada vez mais globalizado;
– praticar metodologia de pensamento ágil, criatividade e flexibilidade cognitiva.

“Se as empresas não investirem no recrutamento, seleção e desenvolvimento de jovens estão cometendo uma falha estratégica enorme que pode impactar na sobrevivência da organização”, alerta.

Veja dicas de especialistas para uma abordagem assertiva com os novos talentos.

Não há problema nenhum em falhar, desde que as lições sejam aprendidas

Um ponto chave para desenvolver um talento da geração Z é comunicar uma meta clara e deixá-los determinar a melhor maneira de alcançar o resultado.

De acordo com a master coach Andrea Cardoni, “errar faz parte do aprendizado e um bom gestor deve monitorar os jovens para que ele possa aprender com os erros e performar cada vez melhor. O bom gestor inclusive tem grandes lições de aprendizagem, que envolvem inovação e novas abordagens que os jovens trazem para o negócio”.

Adapte os treinamentos ao nível de experiência

É significativamente diferente a abordagem de treinamento que deve ser feita com um trabalho entre 18 e 26 anos e um trabalhador já estabelecido e que já possui conhecimentos e experiência mais sólidos e que precisam ser expandidos.

“Para os trabalhadores da Geração Z, deve-se entender que eles ainda não possuem uma base estabelecida, o que torna essencial oferecer treinamentos mais amplos, partindo da base de conhecimento”, afirma a psicóloga organizacional Icléia Dórea.

Use como vantagem competitiva os pontos fortes da Geração Z

A Geração Z gosta de ser desafiada, por isso, quanto maiores forem as atribuições que os empolgue e estimulem, melhores serão as respostas e os resultados.

Por outro lado, é importante considerar que o trabalhador da Geração Z está em processo de aprendizagem e amadurecimento. De acordo com Elcio Paulo Teixeira, “é essencial que o líder esteja de prontidão para dar suporte, pois são jovens que, apesar de terem atitudes excepcionais, precisam contar com o apoio da senioridade dos seus líderes para alcançar patamares elevados de excelência”.

Fonte: G1 –