A pandemia de Covid-19 alavancou a digitalização de uma série de produtos e serviços e na educação isso não foi diferente. Segundo Antoninho Trevisan, presidente do conselho de administração da Trevisan Escola de Negócios, as pessoas começaram a tirar mais proveito da educação digital. “Um exemplo do que vem acontecendo é quando um estudante utiliza o sistema da nossa escola, que é uma plataforma inteligente, ele começa uma determinada matéria de matemática financeira, à medida que as questões vão sendo apresentadas e é percebido eventuais dificuldades a plataforma o leva para um atalho e ele passa a receber instruções de aprendizado nessa área de aritmética”, ressalta.
Um grande ponto da educação digital é que ela permite muitas conexões. De acordo com Trevisan, os alunos estão hoje espalhados por todo o Brasil e em pelo menos 15 ou 16 países. No presencial estava as relações estavam restritas aqueles que estavam em classe, agora são mais abrangentes. Um aluno aqui no país pode se conectar com um que está em Portugal, na África do Sul, na França ou nos Estados Unidos, inclusive existem casos que acabaram desenvolvendo uma relação profissional e foram trabalhar em outro país a partir desse colega, que também estuda ciências contábeis no exterior.
Na visão de Trevisan, uma questão importante é que durante a pandemia fomos obrigados a utilizar os meios eletrônicos tecnológicos por meio da internet. Com isso, fomos levados a romper paradigmas e passamos a utilizar mais esses instrumentos, mesmo aqueles que não estavam tão habituados assim.
Daqui para frente, em se tratando de educação, em termos de tendências, ele avalia que os programas serão mais curtos e o aluno vai escolher um curso de uma ou de 300 horas, além de poder somar pontos para eventualmente concluir o que é mais importante para ele, bem como determinar quando e onde irá adquirir esse conhecimento. “Trará maior comodidade, conforto e bem-estar para quem está estudando, permitindo aproveitar muito mais o aprendizado do que quando se submetia ao aprendizado na forma presencial”, pondera.
Na Trevisan Escola de Negócios ele acredita que conseguiram provar a efetividade do modelo, pois em se tratando de ciências contábeis, o resultado daqueles que tiveram performance positiva no exame de suficiência do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), fazendo o curso on-line, foi positiva e em alguns casos com melhores rendimentos do que o presencial. Os alunos que tiverem que estudar ciências contábeis no formato digital a distância tiveram quase 100% de aprovação, cerca de 90%. Enquanto, aquele grupo que estudou no presencial também tiverem uma aprovação alta, cerca de 85%.
Um fator que pode ter contribuído para o resultado positivo no formato digital é que o aluno pode encontrar aquele momento do dia que melhor se adequava a sua necessidade, passando a estudar em qualquer horário do dia e tirando maior proveito.
Já com relação ao conhecimento sobre a área contábil, Trevisan acredita que outra mudança importante é a diversidade de conteúdos que estão ensinando. “Hoje, o aluno estuda um pouco de geografia política, estratégias, tecnologia, relações humanas, direitos sociais, governança corporativa, LGPD, adquiri conhecimentos para analisar dados, entre outros. A formação em ciências contábeis está muito mais completa, pois para ser um bom contador, acima de tudo, precisa ter conhecimentos múltiplos sobre as organizações e tudo o que envolve esse universo. O curso de ciências contábeis se tornou e se tornará ainda mais dinâmico e abrangente, além de interessante e empolgante formando contadores para todas as esferas seja no mundo empresarial ou não governamental, no Brasil ou no exterior”, finaliza.